sábado, 24 de outubro de 2009

A lição da vida

Entendo que não temos lições na vida e sim, vida nas lições...
Em cada tropeço, buscamos o equilíbrio, e desta lição tiramos muita vida.
Por isso não podemos pular fases, evitar lágrimas, evitar amores por medo de sofrer...
Cada uma destas provas será crucial para sermos aprovados
para a fase seguinte...e ninguém pode fazer a lição por nós.
E não dá pra colar nesta coisa de amor.
Abandonei e fui abandonada,
Chorei e fui consolada – nem sempre, é verdade.
Refiz meus passos, mas nem por isso desisti do recomeço - isto é viver...
Quero passar por esta existência “existindo”...
Viver por viver não é existir.
Não podemos ficar espiando a felicidade dos outros sem buscarmos nossa própria felicidade.
Tento sempre fazer o melhor para provocar um sorriso,
e gosto de colecioná-los no meu dia a dia.
No álbum da minha memória guardo vários deles...
De todas as idades, mas todos pra mim...
Olha só quantos presentes já ganhei desta vida!
Presentes que ninguém nos tira... um gesto, um olhar, um sorriso...
E por serem assim, gratuitos...posso também distribuí-los sem economia,
porque, fala sério, economizar amor não tá com nada!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sobre nossos sonhos

Nem sempre o que sonhamos, é exatamente o que conseguimos realizar naquele instante de nossas vidas,
mas nem por isso deixa de ser sonho...
Pessoas surgem em nosso caminho e deixam marcas,
outras passam por ele pisando de mansinho,
como se nem tivessem passado por ali,
e há aquelas que surgem, e ficam ao nosso lado até o fim da caminhada...
Acredito muito em destino, embora saiba que posso operar para mudá-lo,
em alguns aspectos.
Peço sempre a Deus que me dê sabedoria e força para alterar o
que está ao meu alcance, mas que também me dê serenidade para
ir trabalhando com o que não pertence a mim mudar...
Há pessoas tão especiais em minha vida, e que nem desconfiam
do quanto, porque, na verdade, pensam não ser prioridade como são.
Procuro dizer a todas o quanto são importantes para mim,
mas nem sempre sou compreendida, porque muitas vezes tenho que abrir
mão de algo muito especial e arriscar retomá-lo mais para frente,
para não perder coisas também especiais que já conquistei com muita luta.
Só espero que, todos que me conhecem de verdade, sintam que não
escolho perder ninguém, nem abrir mão daqueles que moram no meu coração.
Espero que entendam que tudo tem seu tempo,
e no tempo certo encontraremos o caminho...

Uma excelente semana a todos!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

AMO VIVER!!!

Amo tudo em minha vida,
até mesmo os momentos de dor,
pois sei que só através deles
poderei continuar no caminho
de minha evolução terrena...
Penso que, muitas vezes,
as dores poderiam ser mais brandas,
mas não sou em quem decido,
o jeito que devem doer.
O importante mesmo é ter a certeza
de que existirâo ombros fortes,
olhares atentos, sorrisos
sinceros e abraços apertados que,
com certeza, irão acalentar
meu coração...
Minha vida é cheia de anjos,
e neles confio sempre,
pois são o colo querido
que Deus me deu com a vida.
Agradeço todos os dias,
por estarem em meu caminho...
Amo todos vocês!!!

QUE DOR É ESSA?

Que dor é essa que dói,

e explode dentro do peito

Que nada pode dar jeito

pra acalmar o coração?...

Que dor é essa que dói,

e espanta o sono da gente,

essa dor que a gente sente

quando perde um grande amor?

Que dói como um espinho

ferindo o jardineiro,

que cuidou do seu canteiro,

mas se feriu com a flor?

Que dor é essa que dói

quando se perde um pedaço,

a outra metade do abraço,

o sonho de uma paixão?..

Que dor é essa que acaba

transformada em tatuagem,

gravada como paisagem,

num quadro de um pintor?

Essa dor é a dor da saudade,

saudade de um beijo, de um gosto,

que juntos formam um rosto

daquele que já se foi...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

30 ANOS... NÃO 30 DIAS...

Há 30 anos atrás... exatamente 30 anos,
eu pensei ter encontrado minha melhor amiga,
e disse isso a ela, mesmo sendo uma amizade
recente e só de vizinhas, porque, na verdade,
nunca estudamos juntas e por muito tempo,
nem mesmo freqüentávamos a mesma escola...
Há 30 anos atrás... parece que não faz tanto tempo
assim, mas faz 30 anos mesmo... e hoje!!!
Dividimos tantos momentos e tantas amizades...
encontramos tantas pessoas pelo caminho,
e perdemos tantas outras que deixaram
um vazio impreenchível...
Mas também ganhamos tantos presentes da vida:
eu ganhei três... ela uma... e até estes presentes
dividimos como irmãs...
Quanta cumplicidade... quantas lágrimas...
mas quantos sorrisos também...
E veio o tempo... e a distância... e o tempo...
Mas nada, nada nem ninguém conseguiu abalar
esta amizade...
E naquele dia... há 30 anos atrás, eu não estava
enganada... encontrei mesmo a minha melhor,
mais amada e cúmplice amiga que jamais alguém
encontrará na vida!!!
Você, minha amiga, comadre, irmã, cúmplice de
cada momento de meu caminho,
foi um dos melhores presentes que Deus me deu.
Peço a ele que lhe dê muita saúde para que possamos
comemorar mais 30 anos!
E hoje, por não ser possível exatamente nesta data,
vou tomar aquela cervejinha que tomamos juntas
tantas vezes... em sua homenagem!
Obrigada por existir na minha vida,
por ser ombro amigo, colo certeiro,
coração aberto pra me dar broncas e
segurar minha mão na hora do desespero.
Obrigada pela mãe maravilhosa que
dividimos, pelo pai querido que ainda temos
e pelo presente que é minha afilhada mais amada!!!
Amo você amiga, e se ainda não disse isso,
Que fique bem claro agora!!!

Beijos

Cláu

Pra minha Gigi... Parabéns filhota!!!

Há estrelas que brilham no céu e nem são notadas,e há pessoas que brilham na terra e nem são estrelas...Assim é minha princesa dos olhos cor do céu,que um dia, te tanto eu ler contos de fadas,surgiu como uma fadinha em minha vida.
Antes de ver seu rostinho, já sabia que seria Giovana,
e nenhum outro nome lhe cairia tão bem, porque,
logo que entrou em nossos caminhos,
virou Gigi, Gi, Gigica, Nana...mas sempre a nossa
Giovana, linda, meiga, doce, serena.
Ainda assim, a mais levada de todos os irmãos
(os médicos que contem...foram tantos pontos
que daria pra ganhar na loteria várias vezes...rs).
Um mistura de beija-flor e águia, pois guarda
a delicadeza do primeiro e a coragem da segunda...
Um misto de ventania e pôr-do-sol,
entra pela porta como um furacão e,
quando me abraça, dá aquele gostinho
de fim de tarde que a gente não quer que
acabe nunca...
Às vezes me enfurece com sua teimosia,
mas logo me acalma com sua maturidade
e coragem de enfrentar a vida.
Tão decidida, forte e independente,
chora se um cachorrinho morre no final do filme,
ou se ouve a notícia de crianças morrendo de fome
perdidas pelo mundo...
Tem um coração que não cabe no peito
e uma alma que, com certeza, já evoluiu muito
em sua caminhada.
Deus me deu o privilégio de tê-la trazido ao mundo,
e a alegria de conviver com ela já há 13 anos...
Abençoada sempre... me emocionando com suas
palavras e gestos de carinho.
Minha menininha... pra sempre menininha...
Te amo pra sempre filhota.
Parabéns!!!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Cadê a receita?

Não aprendi a ser mãe, simplesmente porque ainda não inventaram uma receita para isso!
Juro que tento há quase 21 anos, mas muitas vezes me vejo perdida diante desta tarefa.
Lembro-me de ter ouvido várias pessoas dizerem, ao longo de minha vida, que criamos os filhos para o mundo, e não para nós...
Confesso que nunca fui paranóica de achar que seriam meus para sempre, mas também confesso que nunca esperei ter que discutir a relação com nenhum de meus filhos, simplesmente porque pensava que tudo entre nós era perfeito...
Pensamento bem tolo, considerando que nenhum de nós atinge a perfeição, por melhor que tentemos ser como seres humanos.
No momento em que cada um destes três seres maravilhosos passaram a habitar meu corpo,
tive a certeza de que nada mais separaria nossos corações, que bateram juntos por 9 meses.
E esta certeza ainda trago comigo, porque ainda enxergo em cada um deles, um menininho e duas menininhas cheios de perguntas e vazios de defeitos.
Nada nem ninguém será capaz de mudar este sentimento, ainda que, algumas vezes, possamos ter que "discutir a relação".
Nada me fará sentir menos orgulho de cada um deles, menos paixão por tudo o que representam em minha vida.
Hoje tenho mais certeza de que sou responsável por estas três vidas e histórias diferentes que caminham por aí, sorriem, estudam, trabalham e fazem diferença para tantas e tantas pessoas.
Me perdoem as mães pessimistas, que consideram a maternidade um fardo e que, depois de serem mães, nunca mais tiveram tranquilidade, mas não abriria mão de nenhum momento em que tenho meus filhos em meus braços e sinto sua respiração, e afago seus cabelos, e digo o quanto os amo... e ouço o mesmo de volta!
Agradeço todos os dias a oportunidade que Deus me deu de estar mais perto dele!

Amo vocês... sempre... em qualquer circunstância!!!

domingo, 22 de março de 2009

Peripécias da infância

Como falar de pequenos instantes e grandes histórias, sem falar dos meus filhotes?
Pois é gente, esta turminha me proporcionou os melhores e mais engraçados momentos
de minha vida.

Podemos começar com a primeira, a Carolina, que virou Carol, Cocol, e hoje atende
por Cá...
Para ela, simples como o próprio nome, era inventar histórias cada vez que se via
com um livrinho nas mãos. Era mais ou menos assim:

"E aí, o Pato Dondi, foi iaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa (lá, no Carolinês)"
Simples assim... esse era o começo e o fim da história,
e lá se ia outra página, e outra, e outra... todas com o mesmo texto...

Quem dera a vida fosse simples assim.

Era ela também a responsável por mudar letras de músicas e entender
que havia uma, em especial, cujo refrão dizia, sem a mínima cerimônia:
"E o galão sambão..." (nem adianta insistir, não conseguirei explicar qual
era a música...rs

Muito sossegada, conseguiu a proeza de escorregar no nada e cair em
coisa alguma, bem no meio da sala, e levar 4 pontos no queixo.

Cismou que queria aprender balet, e para isso essa mãe que vos fala
esperava por 45 minutos, 3 vezes por semana, para escutar da professora
que ela ficava emburrada no canto da sala durante o tempo todo.

A única aula em que se destacou, foi quando a professora deu um passo novo
que ninguém conseguia fazer... só a Carol... mas não se empolguem,
assim que passou a novidade, ela fugiu da academia, literalmente,
obrigando-me a correr pela rua atrás dela, antes de achar sua orelha
no caminho, bem ao alcance de minhas mãos...

Foi-se o sonho de primeira bailarina do Teatro Municipal... e, o pior,
nem maratonista se tornou com a experiência!

Tentou ainda a carreira de cabeleireira, chegando de mansinho e me
perguntando:

"Mamãe, ficou bom?"

Distraída em meus afazeres, nem olhei pra responder:

"Ficou lindo filhinha".

A resposta foi de estarrecer:

"Pois é... cortei o cabelo e ficou melhor né?"

Detalhe, com uma tesourinha de cortar papel...

Mas então veio o Daniel, que virou Dani, e hoje pra nós é Dã...
Ele queria porque queria um cavalo,
mas, ao ser colocado sobre um, este deu aquela tremidinha
pra espantar as moscas, provocando-lhe um grande susto...
No caminho de casa, insistiu pra que eu lhe comprasse um cavalo,
com uma única condição:

"Que tirasse as pilhas, claro...!!!"

Algum tempo depois conheceu um amigo que era recordista
em andar com a bicileta empinada em uma só roda e aí,
definitivamente pirou:

"Queria uma bicicleta que viesse empinada!!!" - Posso com isso?!!!

Na escola pintou uma vaca de verde e causou uma revolução nos métodos
de ensino, porque a professora tentava convencê-lo de que não existem
mamíferos como este na cor verde.
A explicação foi simples:

"Minha vaca é palmeirense!!!" - Sai dessa professora!!!

Quando achei que já havia escutado tudo o que poderia de meus filhos,
chegou minha raspinha:

Giovana, que virou Gioconda (para o Vovô), Gi, Nana...

Num dia eu chegava em casa e ela havia comido toda a massinha
de modelar... com os dentes coloridos, jurava que não fizera isso!

Noutro dia, engolia um lantejoula que deveria estar na saia de carnaval
da Carol.

No dia seguinte, trancava-se no banheiro e mobilizava a vizinhança
toda no resgate.

Durante as refeições, criou o adjetivo: "comiludo" - aquele que come muito!

E uma vez pediu que eu zirpasse sua calça - fechasse o zíper.

Ninguém podia beijá-la, nem pai, nem tio, nem avô - para não sujá-la de
batom (disso se encarregava sozinha).

E até hoje tentamos descobrir o que ela queria, quando nos pediu que
desenhássemos uma "cobrinha fededante"...

Mas esses meus anjinhos criativos, hoje mostram suas asas,
e alçam voos cada vez mais altos,
me enchendo de orgulho e prazer.

Ainda rimos muito dessas e de outras histórias,
e choramos com outras,
mas jamais perderemos esse elo que me fez guardá-los
em meu coração e jogar a chave fora.


Amo vocês muuuuuuuuuito!!!!!

Mamãe, que virou Mamy, e que às vezes é só Mã...

sábado, 21 de março de 2009

A história de cada um

Passei muito tempo da minha vida, protagonizando a história que escreveram pra mim...
Muita vezes vivemos a história que outros escrevem para nossas vidas, e acabamos nos convencendo de que está é a única forma de viver...
Somos protagonistas de outros pensamentos, outras vozes, outros olhares... e neste palco, em algum momento nos perdemos de nós mesmos, surpreendendo-nos vazios, mudos e cegos diante de nossos próprios anseios...
Mais que protagonistas, temos que ser autores de nossos atos e, por isso mesmo, totalmente responsáveis pelas conseqüências dos mesmos.
Aceitarmos as falas e gestos que os outros nos impõem, muitas vezes pode significar termos também que aceitar as decepções e o sofrimento que não escolhemos para nossas vidas...
Quando entendi que as pessoas e situações só estavam em minha vida e nela permaneciam se eu assim permitisse, passei a assumir o comando do meu próprio destino.
O sofrimento não é algo normal, e sim uma exceção, com a qual precisamos conviver em alguns momentos de nossa existência. Todavia, não nos habituemos a ele.
A resignação é louvável, mas a coragem, esta sim é divina.
E é esta coragem que me fez entender que ainda podemos reescrever nossa história; tentar uma nova versão; mudar seu final, sabendo ser impossível transformar seu início.
Sempre é tempo de participarmos mais de nossas próprias vidas. Abrir os olhos e enxergar estrelas por trás das nuvens; emprestar um sorriso a quem só restaram lágrimas; uma palavra a quem o sofrimento cala; um olhar colorido a quem acabou vendo o mundo como um filme em preto e branco...
É comum pensarmos que os nossos são os piores sofrimentos; que a nossa carga é a mais pesada; nossas dores mais doloridas... e acabamos cegos diante de tantas vidas mais sofridas, mais marcadas, mais amargas...
Hoje entendo que, a cada manhã, tenho muito mais a agradecer a do que a pedir... entendo a importância e felicidade do simples despertar mais um dia... sinal de que Deus ainda me considera capaz de acrescentar algo à vida daqueles com quem convivo... de que minha missão ainda não chegou ao fim do caminho...
Pensando melhor...acho que este caminho não tem fim.. o que mudam mesmo são apenas as paisagens...
Que possa ser mais suave o nosso caminhar!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Uma mão na minha


Nem me lembro ao certo quando ele entrou em minha vida,ou melhor,
na verdade, fui eu quem entrei na vida dele,assim, de xereta, num dia do mês de agosto,
pouco antes do seu aniversário...
razão pela qual, já nos identificamos como dois bons, teimosos e persistentes “leoninos”...
Nas minhas primeiras lembranças, sinto a mão dele na minha, levando-me para tomar guaraná, passear pela pracinha. é claro, com direito a uma passadinha pela igreja, onde, pela primeira vez, soube o que era o sinal da cruz...
E na minha inocência de sei lá quantos anos,com a mão direita presa na dele,
fiz com a mão esquerda mesmo,o que lhe rendeu boas risadase a explicação simples de que era só soltar a sua mão por um instante...
Mas acho que já adivinhava que não seria um bom negócio soltar sua mão,
porque assim a vida poderia nos levar pra longe um do outro, exatamente como o fez...
Era meu tio por aquisição: cresceu com meu pai...
viveu toda uma vidade amizade com ele e minha mãe;
viu os dois se casarem, nosso nascimento,
primeira comunhão, casamento, filhos, separações...
Quando sua mãe se foi – também minha avóde coração –
eu estava lá, segurando sua mão...
Quando meu avô se foi – seu pai de coração -
ele estava lá, segurando minha mão...
E num dia deste mês de janeiro, alguém me disse que ele se foi...
e eu não estava lá pra segurar a mão dele..
.pela primeira e última vez... eu não estava lá...
A vida não lhe deu filhos, e cedo distanciou-me do meu pai...
então resolvemos nos adotar...
Ele era meu porto seguro, a voz que do outro lado da linha dava sonoras risadas
e dizia que me amava profundamente,
e que eu era a filha que gostaria de ter na vida...
Procurei ser mesmo esta filha, mas falhei em muitos momentos
nos quais poderia ter estado mais perto e não o fiz...
Achamos sempre que um dia poderemos refazer nossos caminhos,
mas nem sempre temos tempo pra isso...
No dia em que ele se foi,uma luz iluminou meu quarto,
para mim em sonho...
Por isso sei que ele já brilha em outra dimensão,
e que continuará brilhando e iluminando meucaminho.
E se eu fechar os olhos, sempre sentirei suas mãos nas minhas...
e verei aqueles olhos azuis profundos, e ouvirei aquela risada gostosa...
Fique bem meu tio querido, cuidado pra não falar demais por aí –
duvido que consiga,rs
Vou sentir muita falta das nossas looooongas conversas,
do telefonema no aniversário e o abraço apertado do encontro cheio de saudades...
Um dia ainda espero de novo este abraço.
O que me deixa mais leve é saber que sempre lhe disse o quanto o amava...
Então você se foi sabendo disso!!!Perdi um pai... ganhei mais um anjo!!!

Saudades sempre!!!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Amar sempre...

Sabemos que amar é correr riscos.
Você pode simplesmente passar pela vida... ou amar – o que é o próprio risco, tenha certeza!
Eu, sinceramente, fico com a segunda opção, sempre.
Amar a dois, amar sozinha... simplesmente amar...
Com todo aquele exagero próprio do amor
Morrer de chorar, chorar de rir, sentir o coração explodir de alegria e
murchar de tristeza...
Sentir-se a última pessoa do mundo e a primeira.
Perder a noite chorando... passar a noite sonhando sem querer acordar.
Ligar dezenas de vezes só pra ouvir uma voz.
Escolher uma roupa legal e sorrir diante do espelho.
Trocar de roupa dezenas de vezes e voltar na primeira...
Ensaiar uma atitude madura e jogar-se de cara no abismo.
O amor não permite ensaios.
Você entra no palco e improvisa... então recebe os aplausos ou aceita as vaias,
Mas, lembre-se sempre de nunca abandonar o espetáculo antes do final.
Isto é essencial no amor.
Todo amor mal acabado deixa feridas que nunca cicatrizam.
Se fomos capazes de começar uma história,
temos que ser capazes de assimilar seu desfecho.
Nem sempre o final é feliz, mas, tenha certeza que é sempre necessário,
Senão fica aquela sensação de “como seria se tivesse sido de outra forma”,
E esta sensação aprisiona a alma e faz doer o coração a cada lembrança.
Bom mesmo é experimentar aquele amor que prende a alma, se aloja e ali faz sua morada...
Este amor se constrói no dia a dia, descobre e respeita os limites do outro, e este respeito levanta alicerces...
Nenhum amor resiste às tempestades sem alicerces.
Aí sim, podemos edificar uma história e perpetuá-la por esta e outras vidas...
Mas para entender esta coisa de amor, não tem jeito, só amando mesmo.
Amando muito, vivendo de corpo e alma este amor.
E ser feliz por poder amar assim...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Assim vou vivendo por aí...

Já fiz um pouco de muito na vida...
Já me escondi embaixo da cama pra não me separarem da minha mãe,
Mas também já fugi dela pra não ouvir as maiores verdades...
Já fiz amigos chorarem com palavras duras,
Mas já arranquei sorrisos com palavras serenas...
Já me senti o último biscoito do pacote,
Mas já me vi como o último dos seres humanos...
Já corri para os braços de alguém após muito tempo,
Mas também já me afastei por muito tempo de braços muito queridos.
Já desejei nunca mais ver alguém na minha frente,
Mas já fiz até promessa pra que esse alguém um dia voltasse...
Já corri pra não me atrasar para aquela festa...
E já reclamei porque a festa estava uma droga!
Já falei que não me importava com aquele desprezo,
Mas já chorei escondido embaixo do chuveiro – e muito!
Já senti saudades e engoli aquela lágrima,
Mas já chorei todas as lágrimas em um único instante.
Já me calei diante de uma injustiça por covardia,
Mas já me levantei como um gigante contra muitos atos covardes.
Já chorei de raiva com um corte no dedo
Mas já quis tomar pra mim todas as dores dos meus filhos
Já sorri com um tombo inesperado
Mas também já chorei com um filme da sessão da tarde
Já comi coisas amargas e fingi que gostava
Mas já adocei amarguras sem máscara alguma
Já virei as costas e deixei tudo pra trás
Mas também refiz caminhos, juntando restos de carinho
Já vivi sonhos desejando nunca acordar
Mas já acordei soluçando, agradecendo por ser um sonho
Já fui criança e só precisei de um colo
E já fui adulta... e também só precisei de um colo...
Já fui lenço para as lágrimas de alguém
Mas também sequei as minhas em alguns ombros especiais...
Já procurei por um amor longe, já procurei perto...
Já criei castelos para encantar minhas crianças
E já morei nas torres pra me esconder de mim...
Já vivi tanto tentando ser feliz
E, muitas vezes, fui muito feliz simplesmente tentando viver.
Já tentei me convencer que é possível ser feliz só
Mas compreendi que juntos é a única e melhor maneira de ser...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sobre amigos...

Hoje quero falar sobre amigos, é, amigos...
Sabe, esses anjos de quem Deus tirou as asas e colocou no nosso planeta,
simplesmente pra tornar nosso caminho mais suave e bonito...
Tive alguns desses anjos em minha vida desde que me conheço por gente,
como diria minha avó...
Um deles veio disfarçado de primo e passeou pela minha história desde que
nasci, e por mais 23 anos, até Deus levá-lo de volta, de repente por ter uma
missão maior ainda pra esse anjo... mas, francamente, sem querer duvidar
dos desígnios divinos, acho que poderia tê-lo deixado mais tempo,
pois tantas coisas eu gostaria de ter compartilhado ainda com ele...
Aí virou uma estrela, como eu dizia para meus filhos quando eram menores;
no sentido figurado, mas, neste caso, literalmente,
pois pessoas com brilho tão forte, só podem mesmo virar estrelas...
Depois fui encontrando outras amizades pela estrada,
uma das quais, completa 30 anos neste ano...
Amiga que cresceu comigo, sorriu, chorou, comemorou e brigou ao meu lado
durante todos estes anos.
Daquelas que você olha e nem precisa dizer nada...
Coisa de anjo mesmo!!!
Amiga que me deu outro anjo lindo como afilhada, mas desta vou falar em especial
daqui há alguns dias...
Quero falar aqui das amizades que chegaram de mansinho, como se fossem passageiras,
e ficaram até hoje... e sinto que para sempre.
Amigas que conheci através do trabalho, mas cultivei no campo pessoal,
e me provaram inúmeras vezes que poderia sempre contar com elas,
e conto até hoje... e morro de saudades, porque os dias são curtos para nos encontrarmos
sempre.
E quando este encontro acontece... parece que nunca estivemos distantes...
Há também amizades que nos encontram ou que encontramos à distância,
mas tão intensas, que parecem ter sido cultivadas desde que nascemos,
estas são as almas com as quais temos muitas e muitas afinidades e que,
num instante qualquer, aproximaram-se da nossa alma definitivamente...
Para muitos, os amigos são lembrados apenas por nomes, mas para mim, cada nome tem uma história, e cada história cruzou meu caminho num momento em que foi determinado que o faria...
Amizades são divinas, repito... e a gente nunca se cansa de mandar recados,
Receber, desejar coisas boas, compartilhar...
Essa coisa de distância não existe, quando queremos ser ombro pra alguém,
ou quando precisamos deste ombro para nossas lágrimas,
ou dos olhos para os sorrisos...
Por isso, a todos estes anjos da minha vida, o meu agradecimento por existirem.
Continuem trilhando comigo este caminho, longe ou perto,
mas sempre ao meu lado.
Amo cada um de vocês!!!

Cláudia Roberta